Daniela Ventura
O Poder dos Mapas Mentais
Queres melhorar o teu desempenho e aumentar a tua produtividade? Queres desenvolver a tua criatividade, gerando novas ideias? Procuras uma nova técnica para encontrares soluções para os teus desafios? Então, este artigo é para ti! E nele vamos falar do nosso cérebro e dos “mapas mentais”!
Os mapas mentais são uma ferramenta extremamente flexível, eficaz e com um potencial ilimitado. São diagramas estruturados e simplificados de um conceito e/ou ideias. Ou seja, são uma forma gráfica de representação utilizada para organizar, hierarquizar e apresentar informações de maneira mais resumida e fácil para o nosso cérebro processar e memorizar. São, também, utilizados na compreensão de problemas nos quais os detalhes estão relacionados e são analisados em busca de uma solução.

O modelo de Mapa Mental foi desenvolvido por Tony Buzan - apresentado como criador do método, embora muitos defendam que este conceito começou com Evelyn Wood, autora do método de leitura dinâmica e do pensamento radial (inspirado em anotações feitas por Da Vinci). Buzan, que desenvolveu vários estudos referentes a como o cérebro aprende e guarda as informações, sistematizou a informação relativa aos mapas mentais e criou um método que pode ser replicado e usado por qualquer pessoa.
O que faz o MAPA MENTAL ser um método tão especial?
Ao contrário do que se acreditava, o cérebro não guarda as informações de forma linear. Ao invés, ele guarda-as em diferentes pontos, organizando-as em grupos relacionados e conectados por um sistema neural. Os mapas mentais tentam reproduzir este funcionamento do cérebro de 3 formas básicas:
ligando ideias e conceitos por ramos;
criando gatilhos activadores com as imagens e agrupando conceitos semelhantes em ramos com a mesma cor;
organizando as informações de acordo com a relevância e proximidade com a ideia central.
Os mapas mentais ajudam-nos a focarmo-nos em ideias e conceitos, incentivando-nos a encontrar o que realmente é importante numa informação. Com esta técnica, podemos criar uma sequência lógica de informações e perceber vários aspectos de um mesmo conceito, analisar as informações (e os seus desdobramentos), compará-las e a fazer uma revisão mais rápida e selectiva.

Ao utilizarmos os mapas mentais, contrariamos a utilização constante do modelo linear (sob o qual fomos ensinados) e somos capazes de "pregar uma rasteira" à nossa Curva de Esquecimento (Hermann Ebbinghaus - temos a capacidade natural de nos esquecermos de cerca de 50% do que aprendemos durante um dia de estudo, se não for feita uma boa revisão do conteúdo logo no dia seguinte).
Ao contrário do que acontece com um computador, o nosso cérebro não pensa de forma linear e sequencial, mas sim de forma irradiante e explosiva! Desta forma, não tem sentido aprendermos, lermos e anotarmos tudo de uma forma linear (em linha recta) e monocromática. O ritmo, as cores, as imagens e símbolos, os códigos, o visual, a organização e as dimensões dos mapas mentais mostram-nos que, com a técnica certa, o nosso potencial criativo é infinito.
Jogo do Pensamento Irradiante

Após olhares para a imagem, nos cinco braços centrais, escreve as cinco primeiras palavras que te surjam na mente.
Depois, passa ao segundo nível e escreve, rapidamente, mais cinco palavras para cada uma das cinco ramificações. Quando tiveres preenchido as cinco ramificações centrais e as cinco ramificações de cada uma delas, observa o que escreveste.
Com este jogo podemos ver que, a partir de um conceito, criaste cinco palavras-chave e que, depois, multiplicaste essa produção por cinco - aumentando 500 por cento a tua produção criativa.
Criar um Mapa Mental
Algumas notas gerais:
Todo o mapa mental deve partir de uma ideia central - que deve constar no meio do mapa e ser uma ideia-chave.
Esta ideia deve ser aprofundada utilizando níveis (que estão à volta da ideia central). Como já vimos, são divisões e subdivisões da mesma. Tudo com palavras ou frases curtas.
Nos teus mapas mentais, usa cores e imagens que te façam sentido. Algo simples e intuitivo que possa estimular o teu canal visual.
Um mapa mental não deve ter mais do que 6 ou 7 níveis.
Vamos começar?
Começa no centro de uma página em branco na horizontal (quanto maior, melhor - de forma a teres espaço para libertares o teu cérebro de forma criativa e irradiante);
Utiliza uma imagem para a tua ideia central;
Usa cores diferentes;
Cria um mapa com, pelo menos, 3 níveis;
Faz ramificações curvas ao invés de linhas rectas (o cérebro sente-se mais atraído por linhas curvas);
Tenta escrever apenas uma palavra por linha;
Quando acabares, faz um intervalo. Volta ao mapa e anota novas conexões.
Tens, também, alguns softwares para Map Mapping. Eu só experimentei um: o Xmind.
Nomes famosos que usaram os mapas mentais ao longo da sua vida: Leonardo Da Vinci, Miguel Ângelo, Charles Darwin, Isaac Newton, Wiston Churcill, Albert Einstein, William Blake, Picasso, Galileu, Yhomas Jeferson, Richard Feynman, Marie Curie, Martha Graham, Ted Hughes, entre tantos outros.